Nos últimos meses, as Euribor — que em Portugal servem de referência para grande parte dos créditos, nomeadamente os usados para comprar casa — já têm então vindo a registar uma tendência de redução,
E está prevista outra descida para o final do ano mas BCE diz que ‘não há qualquer comprometimento’
Um cenário de redução das taxas de juro do BCE irá traduzir-se num alívio dos custos do crédito para as famílias, admitem analistas.
O Banco Central Europeu voltou a não mexer nas taxas de juro, que, ainda assim, se mantêm em níveis elevados. Especialistas ouvidos pelo Nascer do SOL sustentam que, até ao final de 2024, vão existir vários cortes.
Decisão foi tomada na reunião desta quinta-feira.
A inflação tem vindo a cair e o BCE optou por não mexer nas taxas de juro e prevê que a inflação desacelere.
Mesmo que as taxas de juro baixem em abril não será suficiente para aliviar já os encargos mensais. Mas apesar da asfixia estamos longe do cenário vivido durante a troika
Descer as taxas de juro para voltar a subir, seria um erro que o Banco Central Europeu não quer cometer
A TRCB é definida semestralmente pela Direção-Geral do Tesouro e Finanças
É o valor mais elevado deste março de 2009. No entanto, nos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro desceu pela primeira vez nos últimos 20 meses.
A taxa de depósitos fica no máximo de sempre de 4%, a aplicável às operações principais de refinanciamento em 4,5% e a de cedência de liquidez em 4,75%.
Após uma descida da inflação homóloga para 2,4% em novembro, já perto do objetivo de 2% definido pelo BCE, há uma mudança de abordagem
Menos de 40% dos portugueses têm uma poupança equivalente a um mês de rendimento ou abaixo disso, enquanto um em cada cinco não tem qualquer “almofada”.
Dados do Instituto Nacional de Estatística dizem respeito a setembro e mostram ainda que a taxa de juro do crédito à habituação foi de 4,270% esse mês.
Christine Lagarde insiste na estabilidade dos preços e lembra que BCE tem como missão o controlo da inflação
“Procuramos aliviar os encargos que as pessoas pagam hoje, mas de forma totalmente responsável”, diz Fernando Medina.
Em apenas um ano, prestação média da casa aumentou quase 380 euros. Taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação foi 4,089% em agosto.
A incerteza durou até ao discurso de Lagarde. A revisão em baixa das previsões económicas e a ameaça de recessão por parte de Bruxelas criaram alguma expectativa de que as taxas poderiam ficar inalteradas, mas pior cenário concretizou-se.
As opiniões dividem-se quanto a um novo aumento das taxas de juros. A ameaça de recessão da economia europeia poderá ditar um novo caminho, mas poderá não ser suficiente para Largarde mudar a orientação e avançar para um novo aumento de 0,25%. As famílias portuguesas vão ter a vida ainda mais complicada.