A primeira boa notícia para o Irão é estar presente no Mundial. A segunda é os seus jogadores poderem usar calções – isto sem que a polícia dos costumes entrasse em campo, já que no seu país os homens não podem usar calções e manga curta ou camisolas justas. É futebol ninguém leva a mal.
Ao nível dos bons costumes, este Irão portou-se bem. Aliás os homens têm mais sorte, podem mostrar o cabelo e mais quantidade de braços do que as mulheres. Foi o que fizeram à Nigéria. Mostraram-se. E foi só na equipa orientada pelo português Carlos Queiroz.
A Nigéria, altos, encorpados e vestimenta justa, apresentaram-se de verde. E pronto, de futebol não houve muito mais.
Estamos a falar de duas selecções que têm o mesmo ranking, Irão (43.º) e Nigéria (44.º) e não vencem em fases finais desde 1998. Os iranianos não festejam um triunfo há quatro jogos (três derrotas, uma com Portugal, e um empate). Os nigerianos somam oito jogos sem ganhar (seis derrotas e dois empates).
O Irão terá sempre aquela vitória sobre os EUA, foi a última e não se importam de a deixar assim para a história. Como a última. A Nigéria foi sobre a Bulgária, país que nem está no Brasil. Enfim.
A má notícia para as duas equipas é que vão ter de jogar com a Argentina e a Bósnia. E assim (assim a jogar mal) não se safam.
Curitiba assistiu a isto tudo, com assobios dos adeptos nas bancadas. Um jogo chato, com um empate chato. Devia haver polícia dos costumes para jogos chatos.
FICHA DE JOGO
Irão-Nigéria, 0-0
Estádio Arena da Baixada, Curitiba.
Equipas
Irão
Haghighi; Montazeri, Hosseini, Sadeghi, Pouladi; Heydari, Nekounam, Teymourian, Hajsafi; Dejagah; Ghoochannejhad.
Nigéria
Enyeama, Ambrose, Oshaniwa, Oboabona, Omeruo, Mikel, Onazi, Azeez, Musa, Moses, Emenike.
Árbitro
Carlos Vera (Equador)
Assistentes
Christian Lescano (Equador)
Byron Romero (Equador)
4.º árbitro
Wilmar Roldan (Colômbia)
TEMPO
(sol)
21°C
8 m/s vento
68% humidade
SOL