Uma equipa de investigadores do Imperial College de Londres, da Universidade de Creta e da Universidade de Harvard elaborou um perfil dos fumadores de cigarros electrónicos, tendo por base dados do Eurobarómetro de 2012.
O estudo, divulgado pela publicação Tobacco Control, pretende determinar a prevalência de fumadores de cigarros electrónicos entre maiores de 15 anos nos 27 estados-membros da União Europeia (UE).
Segundo os resultados, 29,3 milhões de europeus experimentaram esta nova forma de fumar em 2012, "um número substancial" que vem reforçar a necessidade de avaliar o impacto dos cigarros electrónicos na saúde, de acordo com os autores.
Contudo, a investigação não conseguiu determinar com que frequência se fuma os cigarros electrónicos nem durante quanto tempo o fez quem os experimentou nos 12 meses que foram analisados.
Já recorreram aos cigarros electrónicos mais de 20% dos actuais fumadores europeus, 4,7% dos ex-fumadores e 1,2% dos que nunca fumaram tabaco.
Entre os fumadores, o cigarro electrónico é mais utilizado por jovens entre os 15 e os 24 anos e entre os que têm hábitos tabágicos mais frequentes.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) tem desaconselhado "vivamente" a utilização dos cigarros electrónicos e, em Portugal, também a Sociedade de Pneumologia (SPP) tem alertado que não se conhecem os efeitos destes produtos na saúde.
A publicação Tobacco Control divulgou ainda outro estudo em que revela que o mercado dos cigarros electrónicos tem cerca de 500 marcas e está a crescer a um ritmo de 10 marcas por mês.
Das 466 marcas encontradas no mercado por investigadores norte-americanos é oferecida a possibilidade de experimentar 7.764 sabores diferentes nestes produtos.
"O número de marcas de cigarros electrónicos à venda na Internet é grande e a variedade de sabores é surpreendente", referem os investigadores da Universidade de Medicina da Califórnia.
Lusa/SOL