As declarações foram feitas durante o IV Fórum Banca, um encontro realizado esta quinta-feira em Luanda pelo jornal económico Expansão e que contou com a participação da elite financeira angolana.
"As empresas, quando cotadas em bolsa, beneficiam de melhor estatuto e maior visibilidade", ganhando maior “credibilidade” perante os parceiros e o mercado, defendeu o responsável da bolsa de Lisboa. Desta forma, afirmou, as empresas angolanas poderão “desafiar” modelos existentes e promover a inovação e o progresso.
Laginha de Sousa realçou também o papel do Estado no processo bolsista, apontando a regulação, a supervisão, a dinamização e desenvolvimento do mercado e a promoção da literacia financeira como pilares para o sucesso da futura bolsa de Luanda.
A nova praça financeira, afirmou, será benéfica para os mercados angolano e português, dado o grande volume de investimento cruzado entre as duas economias.
No encontro na capital angolana, que também contou com a presença de membros do Governo de José Eduardo dos Santos, o presidente da Comissão do Mercado de Capitais (CMC), Archer Mangueira, a abertura da bolsa irá beneficiar todo o sistema financeiro do país através da disponibilização de “soluções eficazes e confiáveis” para gerir os riscos financeiros da actividade bancária.
Por sua vez, o ministro angolano das Finanças, Armando Manuel, considerou que a dinamização do mercado de capitais eleva a responsabilidade dos banqueiros angolanos, aumentando o rigor, e contribuirá para uma melhor distribuição dos rendimentos e um maior contributo para a economia real.
A banca angolana concedeu crédito equivalente a 34% do PIB, revelou no encontro o vice-governador do Banco Nacional de Angola, Ricardo Abreu.