"Queremos e vamos contar com a energia atómica para fins pacíficos", declarou, num discurso perante militantes do partido.
De acordo com as autoridades bolivianas, La Paz pediu a Buenos Aires e Paris ajuda para os primeiros passos na área nuclear.
Morales, que governa a Bolívia desde 2006, falou dos projetos para o terceiro mandato presidencial, a decidir nas eleições de 12 de outubro, às quais se apresenta apoiado pelo Tribunal Constitucional.
O presidente boliviano considerou que o país vive uma liberdade económica, política, social e cultural, devendo agora apostar na "libertação científica", para a qual anunciou um outro projeto: a criação de uma cidade científica, no âmbito de um projeto de cooperação entre universidades estatais e privadas.
"Esperemos que as nossas universidades possam contribuir para esta investigação tecnológica e científica. Vai demorar algum tempo, o investimento está garantido, mas essa é outra libertação", disse.
O programa governamental para 2015-2020 prevê a construção de mais estradas pavimentadas até às fronteiras com a Argentina, Brasil, Paraguai e Peru, no âmbito de projetos de integração regional bio-oceânico e o desenvolvimento dos caminhos-de-ferro no interior da Bolívia e até às ligações com a hidrovia dos rios Paraguai-Paraná.
Morales destacou ainda o desenvolvimento da industrialização das folhas de coca para produzir adubos, de uma indústria farmacêutica boliviana e a criação de uma empresa para produzir pescado para o nordeste do país.
Lusa / SOL