Carlos Silva falava no final de uma reunião com a direcção do PS, depois de confrontado pelos jornalistas com os mais recentes dados do Eurostat, segundo os quais a taxa de desemprego em Portugal voltou a recuar em Maio, para 14,3 por cento, contra 14,6 por cento em Abril, menos 2,6 pontos percentuais do que um ano antes (16,9 por cento) – a segunda maior descida homóloga da União Europeia.
"É sempre importante que a taxa de desemprego reduza. Mas a criação de emprego em Portugal?", questionou o secretário-geral da UGT.
De acordo com Carlos Silva, por um lado "baixou a taxa de desemprego, mas, por outro lado, também há menos emprego em Portugal".
"Verifica-se que não há investimento, que as empresas não criam postos de trabalho e que os empregos criados têm muito efeito sazonal, porque temos muita formação profissional e continua a haver muita emigração. Penso que continuamos a ter uma taxa de desemprego muito elevada", sustentou o responsável máximo desta central sindical.
Carlos Silva defendeu depois, neste contexto, "uma inversão das políticas públicas, tendo em vista dar esperança às pessoas".
"Isso cabe ao Governo, aos partidos e aos parceiros sociais", disse, numa declaração em que subscreveu a posição do secretário-geral do PS, António José Seguro, no sentido de ser "urgente" que o executivo PSD/CDS inicie um processo de renegociação da dívida portuguesa.
Lusa/SOL