Cavaco evocou ainda o “génio literário” e a “grandeza cívica e humana” da poetisa.
O Chefe de Estado lembrou que, com a morte de Sophia de Mello Breyner Andresen, há dez anos, "desapareceu uma das personalidades mais carismáticas da nossa literatura contemporânea", mas "também uma cidadã exemplar, um modelo de rectidão moral e uma referência ética da sociedade portuguesa".
Quanto à sua obra, Cavaco fez questão de referir a importância da obra da escritora nos países lusófonos: “Em qualquer um dos países em que se fale português, em que se ensine a nossa língua, os seus poemas são conhecidos”, afirmou, explicando que os seus textos "impõem-se hoje em dia como um verdadeiro marco na língua portuguesa"
‘Cidadã, intelectual, mulher e mãe’
Já a presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, lembrou hoje a “cidadã (…), intelectual, mulher e mãe” que foi Sophia de Mello Breyner Andersen, durante a cerimónia da sua trasladação para o Panteão Nacional, em Lisboa.
Assunção Esteves considera que “Sophia ensinou-nos como a Justiça é a matéria-prima da beleza”, encarando a sua escrita como “palavras de desafio”. Para a presidente da AR, a poetisa “sintetiza todos os sinais emancipadores da História, todas as vias do puro sublime".
“A força sublime das suas palavras vinha da sua força de carácter”, afirmou, lembrando que "Sophia fez da política, da vida e da poesia ideias líquidas".
Lusa / SOL