Trabalhadores do ensino da condução protestam em Lisboa

Trabalhadores do ensino da condução automóvel estão hoje concentrados desde as 09h00 em Lisboa, em defesa do sector “de interesse público”, pelo fim do encerramento das escolas e para combater a precariedade laboral e o desemprego no sector.

Trabalhadores do ensino da condução protestam em Lisboa

Em declarações à agência Lusa, Elsa Domingos, representante das indústrias na Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores de Transportes e Comunicações (FECTRANS), esclareceu que os trabalhadores querem também que seja fixado um valor mínimo para o custo das cartas de condução, a suspensão dos cursos de instrutores e a redução do IVA para o sector, que actualmente é de 23%.

"Nós estamos aqui na defesa do ensino da condução. Queremos sensibilizar a população em geral, o senhor ministro da Economia e o senhor secretário de Estado, fazendo entender que não é possível continuar com os preços praticados, porque estes não cobrem os gastos que temos com o aluno", disse.

Por isso, Elsa Domingos defendeu que deve ser estabelecido um valor mínimo para a carta de condução.

"Há escolas que oferecem 100 euros por uma carta de condução. Não pode ser", vincou.

Outra das exigências do sector é a suspensão dos cursos para instrutores de condução devido à saturação do mercado.

"Nós não queremos, de forma alguma, cortar os sonhos das pessoas que desejam ser instrutores. Sabemos que o mercado está saturado e levar as pessoas a tirar cursos que não têm saída profissional não é bom. Achamos que o curso deve ser suspenso e numa altura mais própria voltarem a abrir", explicou a sindicalista.

Elsa Domingos defendeu também que o IVA para o sector deveria baixar dos 23 para os 6%, tal como é para o ensino da equitação ou do surf, por exemplo.

Os trabalhadores pretendem também que a formação e actualização dos instrutores seja feita sem custos para os mesmos, como acontece actualmente.

Os trabalhadores, concentrados desde as 09h00 junto ao Centro Comercial Gemini, em Lisboa, vão deslocar-se ao Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT) e ao Ministério da Economia para entregar documentos "fundamentando as razões das medidas propostas e pedir, com carácter de urgência, reuniões com o ministro da Economia e com o secretário de Estado dos Transportes.

Lusa/SOL