A TAP foi alvo de duas multas no Brasil que somam 300 mil reais, perto de 100 mil euros, à cotação actual. As penalizações surgem no seguimento da acção do Procon de Pernambuco, que, a 15 de Junho, proibiu a venda de bilhetes da companhia aérea na região durante cinco dias, acusando-a de atrasos e cancelamentos e de falta de informação aos clientes.
Ao SOL, fonte do gabinete de imprensa deste órgão de defesa do consumidor explicou que as multas tinham 30 de Junho como prazo de pagamento, mas que a TAP recorreu. Contactada, a empresa explicou apenas que cumpriu a inibição de comercializar passagens, mas não comentou a multa aplicada. «A defesa [apresentada pela TAP] está agora a ser analisada pela assessoria jurídica do Procon», acrescentou, sublinhando que os voos já estão regularizados.
Na altura, e depois de ter cancelado três ligações, a TAP justificou que o incidente com um avião na pista do aeroporto de Belém e o aumento da procura devido ao Mundial, que não deixa aparelhos livres para responder a imprevistos, explicavam o sucedido na rota entre Lisboa e o Recife.
Nas últimas semanas, a operação da TAP tem sido afectada por diferentes motivos. Primeiro foram as greves em França, que levaram a atrasos e cancelamentos de vários voos. Agora, a demora na recepção das seis aeronaves (duas de longo curso e quatro de médio curso) que deveriam ser utilizadas para reforçar a frota está a gerar dificuldades operacionais. E tem obrigado a empresa – que esta semana inaugurou mais seis dos 11 novos destinos previstos para este ano – a fretar aviões de outras companhias para garantir os seus voos.