Segundo a mesma fonte, o 'email' de Ricciardi foi recebido cerca das 15:00 e tinha como destinatários os trabalhadores do BESI e sucursais.
O jornal Público, que noticiou o envio deste email, escrita em inglês, destaca que o primeiro parágrafo serve para transmitir "uma mensagem de confiança e de encorajamento sobre o futuro" face às notícias "sobre a capacidade financeira da ESI [Espírito Santo International], Rioforte e ESFG [Espírito Santo Financial Group], assim como de outras empresas, e o seu potencial impacto sobre o BES e as suas subsidiárias".
O banqueiro afirma ainda, segundo o jornal, que "há actualmente uma separação clara entre os negócios do BES e os seus accionistas" e que as informações surgidas na comunicação social "sobre os pagamentos em falta são referentes a empresas da família ou por ela controladas ".
Os receios em torno da situação do GES adensaram-se nos últimos dias e penalizaram hoje a bolsa portuguesa, que caiu mais de 4%, e também as praças europeias, sobretudo dos países periféricos, que também fecharam em terreno negativo.
Os títulos do BES foram hoje suspensos ao final da manhã pelo regulador do mercado, a CMVM, depois de o ESFG (maior accionista do BES, com 25%) ter pedido ao início da manhã a suspensão da negociação de acções e obrigações em Lisboa e no Luxemburgo.
As dúvidas sobre a situação da Espírito Santo International e o impacto em todo o GES chegaram à imprensa internacional, com o caso em destaque em jornais como o Financial Times e o Wall Street Journal.
Nos últimos dias, foi conhecido que o Banque Privée Espírito Santo, na Suíça, estava em incumprimento no reembolso a alguns clientes que tinham aplicações em dívida da Espírito Santo International (ESI).
Nesta empresa de topo do GES, que controla o ESFG (que, por sua vez, controla a área financeira, em que se inclui o banco BES e a seguradora Tranquilidade), uma auditoria detectou este ano que não foram registados 1,2 mil milhões de euros de dívidas nas contas de 2012. Além disso, a 'holding' tem capitais próprios negativos de 2,5 mil milhões de euros, ou seja, está em falência técnica.
Lusa/SOL