"A CMVM [Comissão do Mercado de Valores Mobiliários] vai ainda avaliar a informação que foi prestada pelo emitente e, por outro lado, dar tempo aos investidores para assimilarem essa mesma informação", disse à Lusa fonte do regulador.
A determinação da suspensão das acções do BES por parte da CMVM foi feita na quinta-feira ao final da manhã, com o regulador a explicar que aguardava por "informação relevante" por parte da instituição financeira e depois do Espírito Santo Financial Group (ESFG) ter solicitado a suspensão da negociação dos seus títulos e obrigações nas bolsas de Lisboa e do Luxemburgo ao início da manhã.
Já perto das 00:00, o BES emitiu um comunicado no qual garante que as potenciais perdas resultantes da exposição ao GES "não põem em causa o cumprimento dos rácios de capital".
No texto, o BES explica que a almofada de capital de que dispõe, no valor de cerca de 2,1 mil milhões de euros, é suficiente para fazer face à exposição que tem ao GES.
A instituição comprometeu-se ainda "a não aumentar a exposição total ao Grupo Espírito Santo".
Os títulos do BES e do ESFG mantêm-se, então, hoje suspensos.
Na altura da suspensão, na quinta-feira, as acções do BES perdiam mais de 17% para 0,51 euros, enquanto as do ESFG interromperam as transacções quando estavam a cair 8,9% para 1,19 euros.
Lusa/SOL