No comunicado, o BdP informou que na reunião será deliberada a cooptação dos membros propostos pela ESFG (Espírito Santo Finantial Group) e apoiados pelo Crédit Agricole: Vítor Bento, João Moreira Rato e Jose´ Hono´rio.
"Esta cooptação será, conforme previsto, objecto de ratificação na Assembleia Geral do BES, convocada para dia 31 de Julho", lê-se.
O Banco de Portugal informou que continua a aguardar que lhe seja submetido, para avaliação, o modelo de governo interno que venha a ser aprovado em Assembleia Geral Extraordinária.
"De modo a permitir uma avaliação positiva pelo Banco de Portugal, a Assembleia Geral deve assegurar que os membros a designar para o novo órgão societário são adequados tendo, designadamente, por referência os requisitos exigidos na lei para o exercício de funções de administração e fiscalização em instituição de crédito", lê-se no comunicado do BdP.
Nas últimas semanas, foram tornados públicos vários problemas no Grupo Espírito Santo (GES), a que se juntam alterações na gestão do BES, com a saída do líder histórico do banco, Ricardo Salgado.
Depois de inicialmente ter sido apontado o actual administrador financeiro Morais Pires para presidente executivo do banco, no sábado, o ESFG anunciou os nomes do economista Vítor Bento (actual presidente da gestora do Multibanco, SIBS) para presidente executivo e de João Moreira Rato (actual presidente do IGCP, entidade responsável pela emissão e gestão da dívida pública) para administrador financeiro. Já o deputado social-democrata e ex-juiz do Tribunal Constitucional Paulo Mota Pinto será presidente do Conselho de Administração.
Na sexta-feira, o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, disse que os depositantes do BES têm razões para confiar no banco e afirmou não ter dúvidas quanto à tranquilidade do sistema financeiro português.
Também durante a manhã de sexta-feira, o Banco de Portugal saiu a público para garantir que o BES detém um montante de capital "suficiente" para acomodar eventuais impactos negativos decorrentes da exposição ao GES, tranquilizando os clientes em relação aos seus depósitos.
Lusa/SOL