A agricultura e o sector agro-alimentar, a cooperação, a diversificação da produção para estimular a exportação, a marca e o serviço ao cliente são alguns dos temas do colóquio que começou esta semana em Lisboa, e que conta com cerca de 30 participantes de países lusófonos.
Promovida pelo Fórum Macau – Fórum para a Cooperação Económica entre a China e os Países de Língua Portuguesa, em parceria com a Universidade de São José (Macau) e a Universidade Católica Portuguesa, a iniciativa reúne empresários, entidades públicas e câmaras de comércio. Ao longo de 15 dias, incluirá palestras, visitas de estudo a empresas portuguesas como a Companhia das Lezírias, Caves do Vinho do Porto ou à barragem do Alqueva, encontros com entidades públicas e ainda momentos de networking.
«Os países de língua portuguesa do Fórum Macau atribuem uma grande importância ao desenvolvimento das iniciativas comunitárias e cooperativas, enquanto mecanismo de apoio às exportações dos países que ainda não possuem um tecido industrial completamente consolidado», realçou a secretária-geral adjunta do secretário permanente do Fórum Macau, na sessão de abertura do colóquio.
Ao SOL, a responsável sublinhou a importância da troca de experiências. E não descartou a possibilidade de surgirem parcerias e novos negócios entre os países que falam português, sobretudo numa altura em que o comércio com o gigante asiático está a crescer (clique para ler a entrevista na íntegra).
Também o secretário de Estado português dos Negócios Estrangeiros e Cooperação enfatizou a relevância da língua portuguesa no mundo e o seu papel na concretização de negócios e relações comerciais na Lusofonia.
«O português é uma língua com um futuro promissor. É o sexto idioma mais falado no mundo, com uma perspectiva de crescimento de 250 para 350 milhões de falantes até 2050. É o 5.º idioma mais utilizado na internet e o terceiro a dominar o mundo das redes sociais», frisou Luís Campos Ferreira, acrescentando que «se estima que o português represente 5% do comércio mundial».
«A cooperação é um investimento. Não é só uma despesa», rematou.