Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o ESFG explica que a venda de 4,99% das acções do BES foi feita "para conseguir fundos e permitir ao ESFG satisfazer as suas obrigações de reembolso sob um 'margin loan' [empréstimo para a compra de acções] que permitiu manter a posição de 25% no banco".
"Os fundos da venda, juntamente com certos outros colaterais detidos pelo banco, resultará no pagamento total e final do 'margin loan' e extingue todas as obrigações no seu âmbito", acrescenta o ESFG.
O Expresso Diário noticiou, no final da semana passada, que a ESFG ia entregar esta participação ao banco japonês Nomura, que a exigiu por troca de um empréstimo que a família pediu para financiar a subscrição de novas no aumento de capital do BES realizado em Junho.
A família tinha dado as acções como colateral do empréstimo de cem milhões de euros.
Quanto aos cerca de 20% que o ESFG detém no BES, estes terão de ser mantidos, segundo o mesmo comunicado, devido uma emissão de títulos permutáveis de Novembro de 2013.
As acções do ESFG mantêm hoje a sua negociação em bolsa suspensa, depois da empresa ter solicitado a suspensão da negociação dos seus títulos e obrigações nas bolsas de Lisboa e do Luxemburgo ao início da manhã de quinta-feira.
Já as acções do Banco Espírito Santo (BES) seguiam, perto das 13h00, a perder 7,90% para 0,44 euros, no dia em Vítor Bento, José Honório e João Moreira Rato assumem a liderança da instituição.
Lusa/SOL