Pedro Sánchez venceu Eduardo Madina e José Antonio Pérez Tapias com 49% dos votos, conquistando com larga maioria a Andaluzia e triunfando em onze outras comunidades autonómicas.
O sucessor de Alfredo Pérez Rubalcaba, que se demitiu após os maus resultados dos socialistas nas eleições europeias de Maio, tem 42 anos e é doutorado em Economia.
O deputado e professor universitário madrilenho, casado e pai de duas filhas, é um relativo desconhecido. Há apenas sete meses, recorda hoje o El País, poucas pessoas assistiram ao lançamento do seu último livro, La Nueva Diplomacia Económica Española (A Nova Diplomacia Económica Espanhola). Mas foram vários os destacados socialistas que deram um puxão de orelhas aos jornalistas ao ausentes, explicando-lhes que estava ali uma futuro político de primeira linha. E a votação de domingo parece ter confirmado as previsões.
Ambicioso, apesar de não ter experiência executiva, Sánchez proclamou ontem “o princípio do fim da era de Mariano Rajou”, actual primeiro-ministro conservador. E prometeu “mudar o partido, para ser maioritário e para recuperar as suas bandeiras identitárias, como a da protecção dos mais frágeis”.
A mudança, no entanto, não será uma ruptura, e foi ao lado de um sorridente Rubalcaba, numa conferência de imprensa em Madrid, que Sánchez tomou as rédeas do partido.
No discurso de vitória, Sánchez elogiou a elevada participação (67%) dos militantes do PSOE nas primeiras primárias do partido.
“O PSOE respondeu à crise da democracia com mais democracia”, afirmou.