João António Raposo Marques Vidal foi o magistrado que, em 2009, abriu uma certidão criminal visando, entre outros políticos e gestores públicos, o então primeiro-ministro, José Sócrates, devido às suspeitas de um crime de atentado contra o Estado de Direito, por alegado envolvimento no caso de uma tentativa de compra da TVI por parte da PT. Essa certidão não chegou a produzir quaisquer diligências porque foi arquivada, por opção do então procurador-geral da República, Pinto Monteiro, uma decisão sufragada pelo juiz conselheiro Luís Noronha Nascimento, que à data presidia o Supremo Tribunal de Justiça.
João Marques Vidal encontrava-se no DIAP de Aveiro, onde nos últimos cinco anos foi o responsável da investigação do caso Face Oculta, cuja sentença do processo principal será proferida a 5 de Setembro, no Tribunal de Aveiro.
O facto de o magistrado ser irmão da procuradora-geral da República levou a que Joana Marques Vidal não tivesse participação na escolha, que coube ao vice-procurador-geral da República, Adriano Cunha.