Miguel Albuquerque desloca-se pessoalmente à sede o PSD-M, na Rua dos Netos, Funchal para entregar 200 assinaturas de militantes a subscrever a sua candidatura.
Miguel Albuquerque é o primeiro dos cinco ‘candidatos a candidatos’ à liderança do PSD-M a formalizar a candidatura.
Embora não tenha demovido o Conselho Regional do PSD-M a antecipar o congresso electivo, Miguel Albuquerque foi o primeiro a assumir que está na corrida mesmo que Alberto João Jardim se recandidate.
As eleições directas para o PSD-M estão marcadas para 19 de Dezembro de 2014 e o congresso do partido para 10 de Janeiro de 2015. Em Outubro de 2015 há eleições regionais mas Albuquerque, caso ganhe o partido, vai propor a Cavaco Silva a dissolução da Assembleia Regional e convocação e eleições antecipadas.
Esta tarde, Miguel Albuquerque deixa nos serviços administrativos do partido a candidatura, nos termos regimentais e estatutários, acompanhada da lista de militantes que a subscrevem. São 200 assinaturas de militantes filiados há mais de um ano e com quotas em dia, mais 100 do que as exigidas por lei.
A documentação é dirigida ao presidente da Mesa do Congresso, o também candidato, João Cunha e Silva. A lista para cada um dos cargos e órgãos do partido serão entregues numa fase posterior.
Uma vez formalizada a candidatura, Miguel Albuquerque passa a poder frequentar sem restrições as sedes partidárias espalhadas pela ilha, o que agora tem sido negado aos candidatos. Passa também a ter acesso à ‘blindada’ lista de militantes com capacidade eleitoral.
Recorde-se que, a 31 de Janeiro, Albuquerque pediu a realização de um congresso extraordinário, que devia ocorrer em Junho, precedido de eleições internas para a liderança. Um requerimento subscrito por 640 militantes e que foi chumbado no Conselho Regional de 22 de Março.
Miguel Albuquerque é um quadro do PSD-M desde o tempo da JSD. Advogado de profissão assumiu a presidência da Câmara do Funchal em 1994 e só deixou em Outubro de 2013. Em Novembro de 2012 protagonizou uma disputa histórica na corrida à liderança do PSD-M. Perdeu por poucos votos para Alberto João Jardim que não lhe perdoa a afronta.
Até ao momento estão assumidas cinco candidaturas à sucessão de Jardim: a de Miguel Albuquerque, a do ex-eurodeputado Sérgio Marques, a do deputado e vice-presidente do parlamento regional, Miguel de Sousa, a do secretário regional do Ambiente e Recursos Naturais, Manuel António Correia e a do actual vice-presidente do Governo Regional, João Cunha e Silva.
Miguel Albuquerque considera “salutar e enriquecedor” a diversidade de candidaturas. “Não temos de fazer melodramas”, disse.
Até Dezembro trabalha na elaboração de um futuro programa de Governo assente na “credibilidade, sustentabilidade e notoriedade positiva”. Porque Lisboa e a Europa precisam de interlocutores credíveis na ilha e “temos de dar ao nosso povo um horizonte de esperança”.
Nas últimas eleições Autárquicas de 29 de Setembro de 2013, o PSD-M perdeu para a oposição 7 das 11 Câmaras da Madeira. Das 54 freguesias, 22 são agora da oposição ou de movimentos independentes. Nas últimas Europeias, o PSD-M, ainda que coligado com o CDS, não foi além de 31% dos votos [O PSD+CDS em 2009 totalizaram 63.634 votos na Madeira (61,8%), tendo passado para 27.079 votos em 2014 (31%)].