No ano passado, de acordo com os dados compilados pela Lusa, os países da CPLP produziram cerca de 4,5 milhões de barris, largamente devido à produção no Brasil e Angola, que vale mais de 4 milhões de barris por dia, mas também ajudados por Timor-Leste, que em 2013 registou uma produção de 154 mil barris por dia.
Contando já com a Guiné Equatorial, cuja entrada na CPLP deve ser confirmada na cimeira de Díli, o valor sobe para quase 5 milhões de barris por dia, ainda assim longe dos valores de produção dos países que ocupam o pódio da produção mundial – Arábia Saudita, Rússia e Estados Unidos conseguem produzir cerca do dobro, à volta de 10 milhões de barris por dia.
Os maiores produtores de petróleo no espaço lusófono – Brasil e Angola – registam produções que rondam os 2 milhões de barris por dia, mas a previsão aponta para uma subida significativa nos próximos anos, à medida que se aprofundam as explorações no pré-sal, uma espécie de camada por baixo do fundo do mar, na costa destes dois países que têm uma topografia semelhante.
De acordo com os dados da consultora Business Monitor Internacional, Angola passou de uma produção de 1,8 milhões de barris, em 2011, para mais de 2 milhões de barris por dia, este ano, sendo que a previsão aponta para uma subida para mais de 2,2 milhões durante o próximo ano.
No caso do Brasil, as expectativas destes consultores internacionais apontam para uma subida significativa, de 2,2 milhões no ano passado para mais de 2,5 milhões de barris por dia no próximo ano, à medida que as explorações actualmente em curso começam a dar frutos.
A Guiné Equatorial, por seu turno, apresenta uma trajectória inversa, sendo previsível uma ligeira subida na exploração: em 2005, a produção atingiu o pico de 376 mil barris, mas estes valores caíram para 297 mil em 2011 e deverá ter andado pelos 346 mil no ano passado, sendo previsível, de acordo com as estimativas da BMI, uma subida para 376 mil barris no próximo ano.
Estes valores, no entanto, têm sido contestados por várias organizações internacionais, que afirmam que os níveis de produção estão a ser ou exagerados para esconder a incapacidade do regime em lidar com complexas operações tecnológicas, ou subavaliados para disfarçar a captura das receitas petrolíferas pela classe dirigente.
A produção de gás em Moçambique pode chegar ao equivalente a 630 mil barris de petróleo por dia daqui a dez anos se os constrangimentos a nível de infra-estruturas forem resolvidos, afirmou à Lusa em Maio um analista da consultora energética Wood Mackenzie.
As previsões da consultora de energia Wood Mackenzie, conhecida como 'woodmac', apontam para que a produção de gás, medida em barris equivalentes de petróleo, deverá andar pelos 80 mil barris por dia nos próximos anos, saltando exponencialmente para mais de 600 mil no final da próxima década, colocando o país mais perto dos líderes africanos na produção de petróleo, com valores diários a rondar os 2 milhões de barris.
De acordo com as informações veiculadas pelos operadores e pelos meios de comunicação social, o desenvolvimento do projecto de LNG pode envolver um investimento inicial de 10 a 15 mil milhões de dólares, com um retorno a uma década.
Lusa/SOL