Crato: Docentes impedidos de realizar prova não serão prejudicados

O ministro da Educação garantiu hoje que nenhum professor contratado, que tenha sido impedido de fazer a prova tendo condições para a realizar, será prejudicado, adiantando que o Júri Nacional de Exames vai analisar “caso a caso”.

Crato: Docentes impedidos de realizar prova não serão prejudicados

"A única coisa que posso garantir é que esses professores não serão prejudicados", declarou o ministro Nuno Crato, em conferência de imprensa na sede do Ministério da Educação e Ciência (MEC), em Lisboa, referindo-se aos docentes inscritos para realizar a prova na única escola onde o exame não aconteceu, segundo os dados oficiais da tutela.

O ministro adiantou que estes professores serão "admitidos condicionalmente a concurso" este ano, não ficando prejudicados nas colocações para o próximo ano, por não terem realizado a prova de avaliação de capacidades e conhecimentos (PACC).

O ministro deixou ainda a garantia de que os professores que comprovem que foram excluídos das listas sem razão para isso também não serão prejudicados, sendo cada caso analisado isoladamente pelo Júri Nacional de Exames.

Questionado sobre se haveria lugar à marcação de nova data para os professores impedidos de realizar o exame no dia de hoje, ou se o processo ficaria definitivamente fechado com as provas feitas hoje, o ministro disse que esse é um assunto a estudar.

"Como é evidente a prova aplica-se a todos, e é necessário que haja equidade", declarou Nuno Crato, que durante a sua intervenção nacional, na conferência de imprensa, referiu por mais do que uma vez que o processo ficava hoje concluído.

O MEC avançou hoje ao final do dia que apenas numa das 88 escolas onde hoje deveria ter decorrido a PACC isso não aconteceu, com 1.325 professores contratados dos 4.120 inscritos a faltar à prova, um número que Crato disse que não sabia interpretar.

Também presente na conferência de imprensa, o secretário de Estado do Ensino Básico e Secundário, João Grancho, questionado com dados adiantados pelos sindicatos e associações de professores, que apontam para mais escolas onde a prova não se terá realizado, disse que os números avançados pela tutela "são oficiais, mas naturalmente provisórios", ainda sujeitos a correcções, não fazendo mais comentários sobre os dados dos sindicatos e professores.

João Grancho sublinhou ainda que, do total de provas feitas, 95% foram dadas como válidas.

O Ministério da Educação adiantou hoje que em apenas uma das escolas onde os professores deveriam ter feito exame não houve "condições para a sua realização", por "insuficiências internas que a Inspecção Geral de Educação está a verificar".

A invasão de uma escola no Porto e as divergências entre MEC e sindicatos sobre as providências cautelares, relativas à prova de avaliação de professores, marcaram a manhã do exame, agendado para hoje em 88 escolas.

Lusa/SOL