Teodoro Obiang, que lidera a Guiné Equatorial há 39 anos, apenas chegou a Díli pelas 15h (locais) de terça-feira – vários dias após a data prevista. O Presidente equatoguineense deveria ter sido o primeiro Chefe de Estado a aterrar na capital timorense, na quinta-feira da semana passada. Fonte do Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação timorense avançou ao SOL que “não houve qualquer tipo de justificação para os adiamentos sucessivos”.
A comitiva da Guiné Equatorial é a mais extensa de todas as delegações, com 82 representantes, que deverão ficar em Timor até 29 de Julho. Portugal, por exemplo, levou 55 representantes, Moçambique 51 e Angola 23. Destacam-se as ausências dos Presidentes José Eduardo dos Santos (Angola) e Dilma Rousseff (Brasil).
O encontro marcou o regresso da Guiné-Bissau ao palco lusófono e internacional, após o afastamento criado com o golpe de Estado em 2012. As recentes eleições gerais naquele país, validadas pela comunidade internacional, fizeram com que a cadeira da Guiné-Bissau não estivesse vazia em Díli: os representantes guineenses foram aplaudidos na terça-feira na reunião que juntou os MNE da CPLP e que antecede o encontro entre os Chefes do Estado e do Governo.
Amanhã, além da entrada da Guiné Equatorial na organização, deverão ser aprovados quatro novos observadores associados: Turquia, Namíbia, Geórgia e Japão.
A cimeira marca também a passagem da presidência rotativa da CPLP, que estava em mãos moçambicanas, para mãos timorenses. O continente asiático recebeu pela primeira vez uma cimeira da CPLP e estarão presentes nos vários encontros representantes da Nova Zelândia, Austrália, China e Myanmar, atestando a internacionalização da comunidade.
