No texto, o jornal defende que as leis relativas à marijuana são possuem um impacto desproporcional nos jovens negros quando a sua dependência é um “problema relativamente pequeno” especialmente em comparação com o vício do tabaco e do álcool.
O jornal recorda que demorou 13 anos para que o Governo terminasse com a Lei Seca e que os 40 anos de proibição da marijuana têm provocado mais danos à sociedade porque se proíbe uma substância menos perigosa que o álcool.
O "The New York Times" refere que o Conselho Editorial chegou a esta conclusão após várias discussões e que os custos sociais da legislação sobre marijuana são “grandes”.
Só em 2012, e citando dados do FBI, foram efetuadas 658.000 detenções por posse de marijuana – muito mais que as feitas por causa de heroína ou cocaína.
Os resultados são, para o jornal, negativos porque “são racistas já que recaem desproporcionalmente junto da comunidade negra, arruinando as suas vidas e criando gerações de criminosos de carreira”.
Ao defender a proibição de venda de marijuana a menores de 21 anos, o jornal defende que a “utilização moderada de marijuana não parece representar um risco para os adultos saudáveis”.
O editorial surge pouco depois do estado de Washington ter passado a vender há poucas semanas marijuana recreativa, o que permite à população adquirir o produto sem prescrição médica.
No início do mês, o governador de Nova Iorque, Andrew Cuomo, assinou uma lei que torna o estado o 23.º norte-americano a legalizar a marijuana para fins médicos.
Lusa / SOL