"O Banco Espírito Santo informa que, no dia 23 de Julho, a agência de 'rating' Dagong procedeu à revisão do rating de longo prazo do BES para B", lê-se na nota do banco agora liderado por Vítor Banco, que acrescenta que já o rating de curto prazo se manteve em B.
A mesma informação refere que a Dagong continua a observar os 'ratings' do BES e que poderá ter "implicações negativas", ou seja, poderão voltar a ser revistos em baixa.
Segundo o prospecto do aumento de capital do BES, em Maio deste ano, a agência chinesa atribuía a nota de BB ao 'rating' de longo prazo do banco.
A situação que envolve o Grupo Espírito Santo e o BES já levou outras agências de 'rating' a baixarem a nota do banco.
A 11 de Julho, a Moody's cortou o 'rating' da dívida de longo prazo em três níveis, para B3, e a 16 de Julho foi a vez de a Standard and Poor's baixar o 'rating' do banco para B-, ambos no nível de 'lixo'.
No final de 2010, o BES suspendeu o contrato que mantinha com a Fitch, depois da agência ter descido a avaliação que fez do banco então liderado por Ricardo Salgado.
Meses depois foi conhecido que o BES estava em negociações com a chinesa Dagong e, em Novembro de 2011, Ricardo Salgado anunciou que tinha sido contratada esta agência com o objectivo de "diversificar o risco, distribuindo-o geograficamente, tal como recomendado pela União Europeia".
O mercado internacional das agências de notação financeira é dominado por três empresas norte-americanas – a Standard & Poor's, a Fitch e a Moody's.
A Dagong é uma das principais firmas de 'rating' não americanas. A Dagong Europe é a sucursal europeia da Dagong Global Credit Rating, a agência de 'rating' da China.
Lusa/SOL