O sector da construção foi o mais atingido, representando 26% do número total de insolvências nos primeiros seis meses do ano (menos 16% em relação a igual período do ano passado), seguindo-se dos serviços com 20% (menos 7%) e o retalho com 17% e menos 16% relativamente a 2013, segundo o estudo 'COSEC Insolvências e Revitalizações 2014'.
Para Miguel Gomes da Costa, presidente da COSEC, companhia especializada nos ramos de seguros de crédito e caução, o estudo realizado no segundo semestre do ano, quando comparado com idêntico período de 2013, "segue a tendência da análise realizada no primeiro trimestre de 2014".
"Os primeiros seis meses do ano confirmam as nossas expectativas de que quanto às insolvências em Portugal, acompanhando a evolução positiva da economia portuguesa relativamente ao período homólogo", salientou.
De acordo com a mesma análise, Lisboa lidera em termos de distritos em que se registaram maior número de insolvências com 25% do total, mas menos 8% face ao valor registado no não anterior.
O distrito do Porto aparece logo a seguir com 23% e uma diminuição de 18% face a igual período de 2013, enquanto o distrito de Braga representou 9% do total, embora apresente uma queda de 24% relativamente aos seis primeiros meses de ano precedente.
Pelo contrário, os Açores registraram apenas 1,3% do total das empresas insolventes, mas o seu número subiu 35%, enquanto o distrito de Portalegre, com 0,8% das insolvências registadas, teve um acréscimo na ordem dos 17%, face ao primeiro semestre do ano anterior.
A análise permitiu ainda saber que as microempresas continuam a ser as mais afectadas, representando cerca de 68% das insolvências registadas.
Nos primeiros seis meses do ano, quando comparados com igual período de 2013, aproximadamente 500 empresas solicitaram a adesão a um Processo Especial de Revitalização (PER), mas nos últimos 12 meses apenas 15% das empresas que integraram o PER viram a sua insolvência confirmada.
Durante este último período, cerca 27% das empresas que integraram o PER obtiveram o seu plano de recuperação, enquanto 8% regressaram "ao giro comercial" e 51% aguardam decisão.
Lusa/SOL