Todas as medidas devem entrar em vigor assim que o acordo seja aprovado pelos 28 Estados membros da União.
A UE pretende também ampliar novas sanções a indivíduos russos pelo seu suposto envolvimento na desestabilização do conflito. Na semana passada, a UE congelou as contas e os bens e proibiu a obtenção de vistos a 15 pessoas e a 18 entidades russas.
A lista dos 87 visados inclui agora o chefe do Serviço Federal de Segurança (FSB), o presidente da Chechénia, bem como suas empresas energéticas da Crimeia.
O presidente Barack Obama e os líderes da Grã-Bretanha, Alemanha, França e Itália discutiram durante uma videoconferência conjunta, nesta segunda-feira, as possíveis sanções a serem aplicadas à Rússia.
Esta decisão foi, em grande parte, alimentada devido ao derrube do voo MH17. Uma equipa internacional que tinha como função estudar as causas do incidente foi, uma vez mais, impedida de chegar ao local do incidente no Leste da Ucrânia, devido aos intensos combates entre as forças governamentais do país e os rebeldes pró-russos. Esta terça-feira – a terceira tentativa – a equipa também não conseguiu avançar.
A verdade é que se estas sanções se vierem mesmo a confirmar, e tudo indica que sim, é de realçar que a UE esteja a arriscar alguns danos na sua economia e interesses, a fim de exercer pressão sobre o presidente Putin.
No entanto, a empresa britânica British Petroleum (BP), que detém quase 20% da gigante empresa estatal de petróleo, Rosneft, alertou que as novas sanções contra a Rússia poderiam ter um "impacto negativo" no seu desempenho.
Enquanto isso, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia rejeitou, por completo, o relatório, tornado público ontem, das Nações Unidas sobre o conflito da Ucrânia. O ministro caracterizou-o de "subjectivo e até mesmo hipócrita".
O último relatório da ONU diz que pelo menos 1.129 pessoas foram mortas e 3.442 foram feridas nos combates desde meados de Abril.