Surpreendentemente, compareceram na sala de imprensa três elementos, vestidos de preto, com boinas e encapuzados, tendo um deles lido uma declaração, sem direito a perguntas.
Num cenário tipo ETA/Herri Batasuna (País Basco), foi lido um comunicado onde foi anunciado que, depois de um debate interno, foi decidida a passagem “à clandestinidade revolucionária”, motivada pelo “opressivo regime” que se vive na Madeira.
“Após uma longa discussão interna, o Partido da Nova Democracia decidiu passar hoje à clandestinidade revolucionária já que o opressivo regime político que vigora na região torna completamente impossível o exercício dos nossos legítimos direitos democráticos”, disse o porta-voz ‘revolucionário’.
Para o PND-M , a recente condenação pela iniciativa política de invasão do JM, durante a campanha eleitoral para as regionais de 2011,faz parte de um conjunto de acções de intimidação e de perseguição a quem pugna pelos direitos e liberdade democráticas na Madeira.
O Tribunal Judicial do Funchal condenou, na passada sexta-feira, a penas de 40 e 50 dias de multa ou a 26 dias de prisão os oito elementos do PND, pela prática de crime de introdução em lugar vedado ao público. Foram também condenados a pagar uma indemnização no valor global de 11 mil euros.
“A recente decisão do tribunal em condenar-nos pela nossa justa e legítima intervenção no Jornal da Madeira que, no fundo, não passou de um grito de revolta contra um pasquim que é suportado com dinheiros públicos e é utilizado pelo regime jardinista e sua oligarquia com o único objectivo de se perpetuarem no poder, perseguindo os seus adversários políticos e controlando as massas, leva-nos agora a optar pela actividade clandestina revolucionária”.