Em causa estão Rui Silveira, António Souto e Joaquim Goes. Em comunicado, o regulador revela que, através de uma auditora externa que está a avaliar as contas do banco, foram detectados na segunda quinzena de Julho um conjunto de “factos supervenientes” que “vieram alterar substancialmente o valor das perdas a reconhecer na conta de resultados do primeiro semestre” e a necessidade de capital do banco.
“Estes factos, anteriores à nomeação dos novos membros da Comissão Executiva, indiciam a prática de actos de gestão gravemente prejudiciais para os interesses do BES e um claro incumprimento das determinações emitidas pelo Banco de Portugal”, refere o comunicado.
O regulador considera os indícios de actos prejudiciais “não são compatíveis com a manutenção em funções dos titulares dos órgãos de administração com os pelouros de auditoria, compliance e gestão de riscos, bem como dos titulares do órgão de fiscalização”.
Será designada uma comissão de fiscalização composta por quadros superiores da PricewaterhouseCoopers. A substituição destes membros agora suspensos deverá ser assegurada por proposta dos accionistas, com eventual cooptação pelos membros
em funções.