Na Serra Leoa, o Presidente Ernest Bai Koroma anunciou que irá subtemer todos os pacientes a quarentena e que as autoridades vão conduzir buscas porta-a-porta para identificar doentes e travar o contágio. Isto porque muitas famílias têm evitado levar até ao hospital indivíduos com sintomas da doença, devido à elevada taxa de mortalidade registada durante o internamento de pacientes de ébola.
Na vizinha Libéria, foram encerradas escolas e os funcionários públicos foram exortados a trabalhar em casa.
Várias organizações humanitárias estão a retirar o seu pessoal dos países mais afectados após o registo da morte de diversos funcionários.
Segundo a OMS, o ébola matou já 729 pessoas desde Março, incluindo 57 nos últimos dias. Entre as mais recentes vítimas está o médico responsável pela estratégia nacional de combate à doença na Serra Leoa, Sheik Humarr Khan, de 39 anos.
O ébola não tem cura nem tratamento eficaz dos sintomas, registando uma taxa de mortalidade de 60% durante o presente surto. O vírus propaga-se através de fluídos corporais ou secreções como a urina, o sangue, o suor ou a saliva.
Para além de África, vários países europeus (incluindo Portugal) e asiáticos estão a tomar especial atenção a esta crise sanitária perante os receios de um contágio global. Mas até ao momento, não há registo da doença fora da região originária.
AP / SOL