Palavras na sua despedida? As maiores são as de Del Bosque. “Xavi era mais importante para nós que o próprio seleccionador”, disse o próprio seleccionador.
Não há volta a dar. É uma perda enorme para a Espanha e para o futebol.
Foi o pensador, o cérebro antes da execução. Com ele a Espanha atingiu o ponto alto, campeã europeia em 2008, mundial em 2010 e fechou o ciclo com novo Europeu em 2012. Ao fim de 134 jogos com a bola nos pés, desiste. Uma desistência pensada, cerebral ou não fosse ele o arquitecto da maior Espanha de sempre.
Com a 'roja' vestida desde 2000, alcançou o que pareci impossível, títulos. Apenas um em 1964, um título europeu que parecia uma ilha pronta a desaparecer no mar de derrotas e desaires.
No Barcelona o amor é ainda maior. E o fim também parece estar próximo, depois de uma oferta milionária do Qatar.
Chegou à Cidade Condal com 12 anos e com a camisola blaugrana fez 784 jogos, ganhou sete Ligas, três Liga dos Campeões e dois Campeões do Mundo de Clubes.
Adeus também a um príncipe do futebol espanhol. Três vezes Bola de Bronze, espera agora o maior prémio de Espanha: o de Príncipe das Astúrias. Seria a coroação do Príncipe maior do futebol espanhol.
O anúncio de Xavi.
“Tomei a decisão de deixar a selecção. Tenho que agradecer à Federação espanhola e aos seleccionadores que me chamaram desde o primeiro dia. Foi uma etapa fantástica conviver com eles e jogar pela selecção. Vou satisfeito, orgulhoso e feliz. Desejo-lhes todo o melhor. Fico feliz pela continuidade de Del Bosque. A partir de agora sou mais um aficionado da selecção”.
A decepção.
“O Brasil foi decepcionante para todos a nível colectivo. Para mim também foi não participar no jogo decisivo com o Chile”.
À Federação.
“Já tinha avisado a Federação. Não falei pessoalmente com eles. Tinha dito depois do Europeu. Agradeço a Del Bosque. Foi uma etapa maravilhosa”.
Uma homenagem em vídeo. O melhor playmaker de sempre.
SOL
