Ouviram-se muitas críticas ao facto, atacando Jorge Jesus e a direcção benfiquista por não aproveitarem devidamente as ‘pérolas’ cultivadas no centro de estágio do Seixal.
Ora, nenhum treinador gosta de se desfazer de bons jogadores; e nenhuma direcção gosta de se desfazer de jogadores feitos no clube, que resultaram de investimentos e de apostas na formação.
Portanto, a conclusão a tirar não é que o treinador é cego ou a direcção tem uma estratégia errada.
A conclusão é outra: os jogadores vindos da formação, infelizmente, não têm em geral capacidade para integrar as equipas principais dos grandes clubes.
E isto é válido para todos – e lança uma preocupação sobre o futuro da selecção nacional. O futebol português não está a produzir jogadores com qualidade suficiente para construir no futuro uma selecção de alto nível.
Esta é a triste realidade.