Erdogan, acusado pelos seus críticos de autoritarismo, defende um reforço dos poderes presidenciais na figura de um chefe de Estado executivo. No discurso de vitória, o líder conservador afirmou que será o Presidente "de todos os turcos", e não apenas dos seus apoiantes.
O político foi eleito primeiro-ministro pela primeira vez em 2003. Impedido de se recandidatar novamente, avançou para a Presidência. Os críticos temem uma perpetuação no poder.
A chefia do Governo está momentaneamente vacante, cabendo ao partido AKP de Erdogan nomear um novo primeiro-ministro. O Presidente eleito deverá ter uma intervenção determinante na nomeação, apesar da Constituição turca prever um afastamento do Presidente em relação ao seu partido – algo que na prática não será expectável.
Ekmeleddin Ihsanoglu, o principal candidato da oposição, não foi além dos 38%. Selahattin Demirtas, o candidato curdo, obteve 10% dos votos.