A Tranquilidade é controlada a 100% pela ESFG. Mas, como foi dada como garantia de um empréstimo do BES à ESFG que não foi pago, o Banco Novo passaria a ser o proprietário da seguradora, por execução de penhora. Segundo avançou a imprensa económica na semana passada, a Tranquilidade estaria prestes a ser vendida pelo Novo Banco ao fundo americano Apollo.
A ESFG vem agora esclarecer, num comunicado enviado a CMVM, que “não foi notificada da execução da penhora, ou pela apropriação ou por venda das acções a terceiros, e, portanto, conclui que ainda é o proprietário das acções”.
A holding informa ainda que está a realizar uma análise dos termos e condições do contrato de financiamento feito com o BES, em especial das condições do penhor das acções, e antecipa que esse garantia “pode ser ilegal”, tendo já informado o Novo Banco e outras entidades.
Caso as conclusões finais dessa análise confirmem esta interpretação, a ESFG avisa que “vai reagir legalmente contra o penhor das acções, a sua execução ou qualquer venda do mesmo" que possa entretanto ser levada a cabo pelo Novo Banco, de forma a “proteger os interesses de todas as partes interessadas, nomeadamente os seus credores”.