Sindicatos de professores e Ministério começam a negociar inglês no 3º ano

Os sindicatos de professores começam na terça-feira a discutir com o Ministério da Educação a criação de um grupo de recrutamento de Inglês para que a disciplina entre no currículo dos alunos do 3.º ano de escolaridade, em 2015.

Trata-se do grupo 120, correspondente ao Inglês no 1.º Ciclo, disse à agência Lusa o secretário-geral da Federação Nacional da Educação (FNE), João Dias da Silva.  

O único ponto da reunião com responsáveis do Ministério da Educação e Ciência (MEC), segundo a FNE, será a negociação do projecto de decreto-lei que permitirá a criação do novo grupo de recrutamento.

"É a identificação dos professores que vão ficar com a qualificação profissional para esse grupo de recrutamento e as próprias escolas têm de planificar o próximo ano lectivo (2015/2016) tendo em conta a obrigatoriedade de todas as crianças que estão no 3.º ano terem duas horas semanais de Inglês", avançou.

A estrutura administrativa da Educação, por seu lado, "tem de agilizar processos que visem fazer o reconhecimento de qualificações que as pessoas foram obtendo ao longo dos tempos, nomeadamente aquilo que diz respeito à prática pedagógica supervisionada com alunos do 1.º Ciclo", defendeu.

"Este projecto de diploma que o ministério nos apresentou impõe como um dos elementos para este grupo de recrutamento que as pessoas tenham na sua formação inicial uma prática pedagógica supervisionada com alunos do 1.º Ciclo", indicou Dias da Silva.

A medida tem a concordância da FNE, uma vez que faz parte das orientações que o Conselho Nacional da Educação aprovou por unanimidade no parecer que emitiu este ano sobre a introdução do Inglês no 1.º Ciclo.

No parecer, determinava-se que os professores que estivessem afectos a esta área tivessem formação para o ensino precoce de Inglês, recordou o dirigente da FNE.

João Dias da Silva exemplificou ainda que na Madeira já existe um grupo de recrutamento de Inglês do 1.º Ciclo e que, nos Açores, a língua é obrigatória a partir do 1.º ano de escolaridade, pelo que devem ser avaliadas as experiências existentes.

Para manifestar a sua posição, a FNE pretende obter mais informação da tutela sobre o processo de identificação das necessidades de professores nas escolas para este efeito.

Lusa/SOL