A chanceler alemã, Angela Merkel, tem previsto um encontro esta tarde com os ministros da Defesa, Negócios Estrangeiros, Desenvolvimento e Economia para fechar a decisão, antes de se reunir com os seus parceiros de coligação — a União Democrata Cristã (CDU) e o Partido Social Democrata.
Na segunda-feira, Merkel estará presente numa sessão extraordinária no "Bundestag", a Câmara Baixa do parlamento alemão, onde a decisão tomada hoje será submetida a votação apesar de a opinião dos deputados não ser vinculativa, uma vez que não se trata de uma intervenção militar no estrangeiro.
Apesar de ser esperado um amplo apoio da maioria à decisão, o envio de armas para o Iraque não colhe o apoio de grande parte da população alemã, uma vez que o país sempre rejeitou enviar armas para zonas de conflito.
À semelhança da Alemanha, também a Austrália anunciou hoje que vai ajudar os Estados Unidos num esforço internacional para transportar e enviar armas às forças curdas no Iraque.
"O Governo dos Estados Unidos pediu à Austrália para que ajude no transporte de equipamento militar, incluindo armas e munições, no âmbito de um esforço internacional", anunciou o primeiro-ministro australiano, Tony Abbot, num comunicado entretanto divulgado.
As forças armadas norte-americanas lançaram esta madrugada ajuda humanitária na cidade iraquiana de Amerli, casa de milhares de xiitas turcomanos impedidos pelos rebeldes "jihadistas" de receberem água, alimentos e medicamentos.
John Kirby, secretário de imprensa do Pentágono, explicou que, a pedido do Iraque, os Estados Unidos lançaram ajuda humanitária de emergência na cidade Amerli.
A operação foi desencadeada em conjunto com aviões norte-americanos, franceses, australianos e do Reino Unido.
O Secretário de Estado norte-americano, John Kerry, apelou na sexta-feira à formação de uma aliança internacional para travar os "jihadistas" do Estado Islâmico no Iraque e na Síria e evitar a sua expansão para outros países.
Lusa/SOL