Em comunicado, a OA fundamenta a queixa-crime com o que considera ser "atentado ao Estado de Direito".
A OA concluiu "pela existência de flagrante desvio das funções que a cada um dos denunciados estão confiadas como membros do Governo português, dada a evidente violação e desprezo pelos direitos fundamentais de acesso ao Direito, à Justiça e à tutela jurisdicional efectiva".
Entendeu a associação profissional dos advogados que, "aos membros de um Governo português, atentas as elevadas funções de que estão investidos, exige-se que conheçam perfeitamente os direitos, liberdades e garantias dos cidadãos previstos na Constituição".
Por isso, a OA, que assinala a "experiência de, pelo menos, três anos de governação" dos ministros, considerou que estes devem respeitar os direitos, liberdades e garantias, "sem reservas, subterfúgios ou hábeis processos legislativos".
Com a aprovação do mapa judiciário, a 27 de Março de 2014, os ministros do Governo PSD-CDS/PP "desprezaram o critério da proximidade do cidadão no acesso ao Direito e à Justiça".
A assessoria de imprensa do Ministério da Justiça, contactada pela Lusa, disse que não foi ainda notificada da queixa-crime, pelo que se escusou a fazer qualquer comentário.
Com o novo desenho judiciário, que entrou em vigor hoje, o país fica dividido em 23 comarcas, cuja sede coincide com os distritos administrativos existentes e regiões autónomas da Madeira e Açores, excepção feita a Lisboa, que se subdivide em três comarcas, e a Porto, em duas.
Lusa/SOL