“É urgente uma intervenção de fundo” nas motas de defesa [aterros para contenção do caudal que corre a uma quota mais alta que os terrenos] do Rio Areia, onde “o contínuo alagamento dos terrenos está a causar elevados prejuízos aos agricultores”, defendeu a vereadora do Ambiente e Agricultura da Câmara da Nazaré.
A conclusão resulta de uma vistoria efectuada na última quinta-feira, durante a qual os técnicos da autarquia e da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) verificaram que a estrutura “não está a cumprir a sua função, verificando-se diversas fugas de água para os terrenos a nascente”, explicou a vereadora.
Em causa está uma alteração feita nas motas do rio há cerca de uma década, quando da construção da Ponte da A8. A estrutura em muro de gabião suportada por enrocamento (blocos de rocha compactados) então construída não tem conseguido impedir o alagamento dos campos ocupados sobretudo com pomares e hortícolas.
Para além dos prejuízos do último Inverno, alertou ainda Rita Varela, a situação “está a gerar conflitos entre os próprios agricultores, que vão fazendo regos para encaminhar a água para fora dos seus terrenos o que acaba por a direccionar para terrenos de outros proprietários” pelo que a autarquia solicitou uma vistoria da APA ao local antes do próximo Inverno.