O Irão é um aliado iraquiano e ao longo dos anos tem-se oposto categoricamente ao envolvimento dos EUA na região. No entanto o crescimento do EI no Iraque, ao que tudo indica, fez o aiatola mudar de ideias. O EI controla grande parte do Norte e Oeste do Iraque e Leste da Síria.
Ataques aéreos dos EUA ajudaram as milícias iraquianas e as forças curdas a romperem com o cerco do Estado Islâmico à cidade xiita de Amerli, na semana passada.
O comandante das forças Qud (o braço extraterritorial da Guarda Revolucionária) esteve ao lado de Nouri al-Maliki (primeiro-ministro iraquiano cessante) no seu discurso aquando da recaptura da cidade de Amerli, norte do Iraque, sendo esta uma indicação de que a cooperação entre ambos já pode ter começado.
Soleimani e o Governo iraniano têm estado bastante activos no fortalecimento das defesas em Bagdade, ajudando as milícias xiitas iraquianas. O EI é um grupo extremista sunita que olha para os xiitas como hereges. Nouri al-Maliki é xiita, tal como a população maioritária do Irão.
Da cimeira da NATO, no País de Gales, espera-se que os Estados Unidos consigam formar uma coligação militar para derrubar o EI. "Nós precisamos de atacá-los de forma que os impeça de assumirem mais o território”, afirmou o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, citado pela Reuters. Kerry declarou ainda que os países da Aliança Atlântica estão focados em reforçar as forças de segurança iraquianas e de outros países da região, mas que a hipótese de enviar tropas da NATO para o terreno está descartada. “Esta é a linha vermelha para todos aqui: não vai haver soldados nossos lá“, disse o secretário de Estado.