De acordo com o Market Outlook de Agosto de 2014, do Gabinete de Estudos da APEMIP – Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal, este factor origina uma subida de expectativas também no sector da construção e imobiliário.
Apesar de ainda não atingir níveis positivos, o indicador de confiança na construção tem vindo a subir desde 2013. Se em Abril deste ano registava um valor de -49,9, em Julho já tinha recuperado um pouco para -43,9. A tendência também está a ser acompanhada pelo mercado imobiliário. A confiança dos mediadores tem vindo a crescer ao longo dos últimos meses.
O aumento de confiança foi bastante beneficiado pelo crescimento do número de imóveis transaccionados. Só no primeiro semestre deste ano foram vendidos cerca de 47.900 imóveis, tanto urbanos como rústicos ou mistos. No segundo trimestre de 2014 as transacções atingiram aproximadamente 23.900, registando-se um aumento homólogo de 3%.
Investidores estrangeiros dão empurrão
Para este panorama tem contribuído o crescimento do investimento estrangeiro em imobiliário. Só no segundo trimestre do ano foram investidos 344,5 milhões de euros através de investidores estrangeiros, uma grande subida face ao trimestre anterior, em que o investimento directo estrangeiro no imobiliário nacional se tinha fixado em 282,3 milhões de euros.
Segundo os dados, as áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto concentraram cerca de 14% das transacções registadas no país. Contudo, dos dez municípios mais relevantes em termos nacionais, sete não pertencem a estas duas unidades territoriais, casos de Loulé, Leiria, Pombal, Viseu, Águeda, Barcelos e Vila Nova de Famalicão.
A nível nacional, estima-se que, no decorrer do primeiro semestre de 2014, cerca de 80 municípios conseguiram assegurar a realização de pelo menos 200 transacções imobiliárias cada. Calcula-se também que o maior número de transacções efectuadas foi conseguido no município algarvio de Loulé.
Estes números contribuem para um aumento da confiança no mercado e na economia nacional. Também o número de desempregados tem vindo a diminuir ligeiramente, o que se traduz numa expectativa de melhoria económica ao nível das famílias.
Fonte: Gabinete de Estudos da APEMIP