Londres é a mais visitada mas há cidades para todos os gostos
Londres e Banguecoque têm rivalizado nos últimos anos pelo primeiro lugar das cidades com mais turistas.
Segundo um estudo da Mastercard, divulgado em Julho, em 2014 o território de sua majestade deve levar a melhor ao receber 18,69 milhões de visitantes. Já a capital tailandesa terá uma quebra de 11% devido à instabilidade política e somará 16,4 milhões. Paris, com 15,5 milhões de turistas, completará o pódio.
Mas há outros títulos a distinguir estas cidades, com opções para todos os gostos. Londres, juntamente com Nova Iorque e Dubai, foram consideradas pelos utilizadores do Tripadvisor como as melhores para compras (Punta Cana, Moscovo e Rio de Janeiro: as piores).
Os que viajam sozinhos terão maior conforto em Singapura, Viena e Tóquio. Na capital nipónica, a par de Nova Iorque e dos pubs londrinos vive-se também a noite mais animada.
Viajar em família é melhor em Estocolmo, Singapura e Copenhaga, mas para esquecer em Marraquexe, Moscovo e Mumbai, segundo a análise do portal de comentários sobre viagens. Lisboa, Tóquio e Cidade do Cabo venceram na categoria de cidades com o povo mais simpático (com Moscovo, Pequim e Marraquexe a saírem mal nesta foto). E a capital portuguesa destacou-se ainda pela segunda melhor relação qualidade/preço, atrás de Budapeste.
O luxo e as estrelas dormem em Genebra
É apontado como um dos mais espaçosos e luxuosos e é também o mais caro quarto de hotel do mundo. Passar uma noite na Royal Penthouse Suite, no último andar do hotel Presidente Wilson, em Genebra, não custa menos de 49 mil euros.
Bill Gates, Rihanna, Mickael Jackson ou Bill Clinton já lá ficaram. E puderam desfrutar dos seus 12 quartos – todos com casa de banho em mármore – um terraço de 1.700 metros quadrados e da vista de 360º para a cidade suíça e para o Monte Branco.
Protegida por vidros à prova de bala, tem ainda elevador, sala de jogos, biblioteca e ginásio exclusivos.
Faz jus aos elevados preços da hotelaria de Genebra, que estão entre os mais caros. Segundo uma análise do site de reservas Hotels.com, se em Pisa e Varsóvia é possível ficar numa unidade de 5 estrelas por pouco mais de 120 euros, em cidades como Nova Iorque, Genebra ou Boston, essa quantia não permite outra extravagância que não um alojamento de uma estrela.
Já em Lisboa, Madrid, Bali, Banguecoque, Berlim, Barcelona ou Amesterdão dão acesso a hotéis de quatro estrelas, em média. Comparando 166 localizações, o mesmo estudo concluiu que Monte Carlo ou Muscat também obrigam a abrir os cordões à bolsa, ao contrário das asiáticas Phnom Penh, Hanoi ou Siem Reap, que são as mais em conta.
O sorriso que todos querem ver está em Paris
A enigmática Mona Lisa faz do Louvre, Paris, o museu mais visitado do mundo. Em 2013, 9,3 milhões de pessoas passaram pelo quadro de Da Vinci exposto numa das maiores atracções da capital francesa, também famosa pelas suas pirâmides de vidro.
Estatísticas da TEA/AECOM sobre os locais com maior procura no planeta durante o ano passado mostraram ainda que nesta matéria outros recordistas são o Museu Nacional de História Natural (Washington, EUA) ou o Museu Nacional da China (Pequim).
Por terras lusas, o Museu dos Coches, em Lisboa, lidera, com 189 mil entradas registadas, indica a Direcção-Geral do Património Cultural. Ainda assim, fica atrás dos monumentos que mais turistas recebem: o Mosteiro dos Jerónimos (722 mil), a Torre de Belém (537 mil) e o Mosteiro da Batalha (291 mil). Os dados da TEA/AECOM revelam ainda que os parques temáticos da Walt Disney são os preferidos do mundo – ocupam as primeiras oito posições entre os 25 principais – com o Magic Kingdom, na Florida (EUA), e os seus 18 milhões de visitantes, a ocuparem o topo.
Quanto a parques aquáticos, o troféu vai para o Chimelong, em Cantão (China), onde mais de dois milhões foram a banhos.
Olha o passarinho em Nova Iorque
No mapa interactivo Sigthsmap, o mundo aparece a várias cores.
As zonas mais fotografadas ficam identificadas a amarelo e são definidas consoante o número de fotografias georreferenciadas e partilhadas no site Panoramio. A roxo as que puxam menos ao momento Kodak.
O continente Europeu é o mais amarelo. Mas o local onde os turistas mais descobrem o fotógrafo que há em si é nos Estados Unidos: no museu Guggeheim, em Nova Iorque.
Segundo uma lista divulgada em Abril, a igreja Trinità dei Monti, em Roma, o parque Güell (Barcelona), o Moulin Rouge (Paris) e a Torre Maiden (Istambul) compõem o top 5 dos que mais posam para as máquinas.
Lisboa, onde o elevador de Santa Justa é o 'postal' mais comum, surge em 23º lugar. E o Porto está em 42º. A zona da Ribeira é a que mais olha para o passarinho.
Nadar até que as pernas doam é no Chile
Mais do que perder o pé, esta é uma piscina de fazer perder a cabeça.
Com um quilómetro de comprimento, o equivalente a 20 piscinas olímpicas, a 'lagoa' do resort San Alfonso del Mar, à beira do Pacífico, no Chile, tem o recorde do Guinness de maior do mundo.
Finalizada em 2006, demorou cinco anos a construir e estima-se que tenha custado acima de 1,5 mil milhões de euros. Além de nadar, as dimensões deste imenso azul cristalino, que leva 249 milhões de litros de água salgada – tanta como 33 oceanários de Lisboa -, directamente 'sugada' ao mar, convidam a praticar vela ou caiaque.
Em matéria de gigantes, se a sua 'praia' é mais ficar em hotéis a perder de vista, saiba que entre os maiores do mundo estão o Izmailovo, um três estrelas em Moscovo (Rússia), com 7.000 quartos que se estendem por quatro torres de 30 andares cada. Já o complexo MGM Grand, em Las Vegas (EUA), é composto por 6.772 quartos. E o First World, na Malásia, tem 6.118. No Livro dos Recordes, o mais pequeno é o Eh'häusl, na Alemanha: só dá para duas pessoas.
Ir ver os aviões é… em Atlanta
Em 2013, 94,4 milhões de pessoas passaram pelo aeroporto internacional Hartsfield-Jackson, em Atlanta, EUA.
Este é, desde 1998, o mais movimentado do mundo em volume de passageiros.
Seguem-se o aeroporto de Pequim, na China (83,7 milhões de passageiros) e o de Londres, Reino Unido (72,3 milhões). São números bastante acima dos registados em Portugal, onde, todos os aeroportos somados, acolheram 32 milhões de utilizadores. Desses, 16 milhões foram contabilizados em Lisboa.
O Hartsfield-Jackson, que emprega 58 mil pessoas, é, desde 2005, também o recordista em movimentos de aviões: 911 mil aterragens e descolagens no ano passado, ou 2.500 por dia.
Anualmente, 3,1 mil milhões de pessoas viajam de avião. E metade dos turistas que se deslocam pelo mundo, escolhem este meio de transporte. Por minuto, há 5.700 passageiros a embarcar e 52 aeronaves a lançar-se aos céus. Nos quase cem mil voos que se realizam a cada 24 horas, circulam nove milhões de indivíduos.
As ligações internacionais entre Hong Kong e Taipé (com 4,9 milhões de viajantes), Dublin – Londres e Jakarta – Singapura são as mais concorridas, segundo dados oficiais de entidades internacionais de transporte aéreo, como a IATA e ATAG. Hoje, a indústria da aviação comercial assegura 40 mil rotas e há mais de 1.500 companhias aéreas a operar.
O tamanho importa a bordo
Se os 6.317 habitantes de Portel, no Alentejo, quisessem todos fazer um cruzeiro, podiam. Bastava-lhes embarcar no Allure of the Seas, o maior navio de passageiros do mundo, com capacidade para 6.318 pessoas.
A embarcação da Royal Caribbean mede 362 metros de comprimento – quase três campos de futebol e meio – e tem, além dos camarotes, 24 elevadores para clientes, 26 espaços de alimentação, incluindo o primeiro café flutuante da Starbucks, dois simuladores de surf e bodyboard, campo de basquete e de mini-golfe, várias piscinas ou um teatro onde passa o musical Chicago.
Faz cruzeiros nas Caraíbas e é cinco centímetros maior que o seu 'gémeo' Oasis of the Seas. Prevê-se que este ano mais de 21 milhões de pessoas optem por esta forma de viajar, segundo a maior associação internacional do sector. Norte-americanos, britânicos, irlandeses e alemães são os principais públicos. Caraíbas e o Mediterrâneo evidenciam-se como os destinos mais procurados. Os maiores portos são na Florida (EUA): Miami, Fort Lauderdale e Port Canaveral. O de Barcelona destaca-se entre os europeus.
Se está 'noma' de provar formigas visite Copenhaga
Para os que viajam atrás da boa gastronomia, Copenhaga tem de estar no roteiro.
É num armazém de uma doca da capital dinamarquesa que funciona o restaurante Noma, eleito o melhor de 2014 por um painel de 900 especialistas internacionais de restauração. Para ocupar um dos 45 lugares e saborear as iguarias do chef René Redzepi – que reinventa os sabores nórdicos e usa ingredientes como fígado de bacalhau, ouriço-do-mar e até formigas – chega a ser preciso esperar dois meses.
Nos últimos anos, o Noma tem disputado com o espanhol El Celler de Can Roca, em Girona, a liderança da lista dos 50 melhores restaurantes. Em 22.º lugar, surge o português Vila Joya, em Albufeira. Ainda assim, nenhum destes países se destaca entre os mais premiados pelo conceituado guia Michelin.
Aí vencem Japão e França. São os que têm mais restaurantes classificados com três estrelas, a nota máxima: ambos com 27. A seguir, a Alemanha e os EUA, com dez. Nova Iorque, Tóquio ou Cidade do Cabo também foram consideradas as cidades com melhores restaurantes pelos utilizadores do Tripadvisor, a bíblia online das viagens. As piores: Punta Cana, Moscovo e Marraquexe.
França ganha em turistas, Chineses vencem nos gastos
Londres até pode ser a capital mais concorrida, mas o Reino Unido não é o país mais querido dos estrangeiros. Esse título é da França, que, em 2013, recebeu 84,7 milhões de turistas.
No pódio estão ainda os Estados Unidos (69,8 milhões) e Espanha (60,7 milhões), de acordo com a Organização Mundial de Turismo. Comparativamente, Portugal acolheu 14 milhões e teve receitas de 9,2 mil milhões de euros com a indústria turística.
E tanto num como noutro indicador, não aparece no top 10. No ranking de países que mais ganham a nível turístico, os vencedores são os mesmos, mas trocam de posições.
Primeiro os EUA, com 139,6 mil milhões de dólares (106 mil milhões de euros), e só depois a Espanha (46 mil milhões de euros) e a França (43 mil milhões de euros). Os viajantes norte-americanos estão também entre os mais gastadores nas suas idas ao estrangeiro.
No ano passado, desembolsaram 65 mil milhões de euros – o mesmo que os alemães -, apenas atrás dos chineses. Apreciadores do luxo, viram o rendimento disponível subir e passaram a viajar e a gastar mais: 98 mil milhões de euros em 2013, ano em que mais de mil milhões de pessoas fizeram viagens ao estrangeiro. O continente europeu foi o mais turístico: recebeu 563 milhões de visitantes.
África do Sul dá pechinchas nos transportes
Pelo sexto ano, os táxis londrinos foram considerados os melhores do mundo pelos milhares de utilizadores do site de reservas Hotels.com.
Atrás, os de Nova Iorque e os de Tóquio. Já os internautas que usam o Tripadvisor, consideram que a capital japonesa tem os melhores serviços de táxi, os taxistas mais simpáticos e o melhor sistema de transportes públicos, categoria onde também surgem Viena e Berlim (face aos piores de Marraquece, Hanói e Sharm El Sheik).
Em matéria de preços, os mais caros serão em Oslo onde uma corrida de seis quilómetros custa 42 euros, 20 vezes mais do que em Jacarta, a mais barata (1,85 euros) revela a pesquisa do portal de comentários. Em Tóquio, esse valor dá para andar 24 quilómetros.
No que toca a transportes, Portugal também não está bem posicionado entre os 51 países comparados pela Goeuro. Com base no preço de viagens de avião, autocarro e comboio, foi o 11.º mais caro, numa lista que é liderada pela Suíça, Áustria ou Bélgica. Ao contrário, viajar na África do Sul, a mais em conta, Albânia, Malásia e Tailândia pode ser uma pechincha.