"Contra a exploração, a luta é a solução" e "é preciso, é urgente, uma política diferente" são as principais palavras de ordem entoadas pelos sindicalistas que se deslocam para o parlamento, depois de terem participado num plenário de sindicatos, em Lisboa.
O Plenário Nacional de Sindicatos, órgão máximo entre os congressos, rectificou hoje a proposta de política reivindicativa para 2015 que a CGTP já tinha apresentado e que prevê aumentos salariais de 3%.
No final da reunião, o secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, convidou todos os sindicalistas presentes a desfilarem até à Assembleia da República para mostrar o seu descontentamento face às medidas de austeridade que têm sido implementadas pelo Governo e exortou-os a mobilizar, nas empresas, os trabalhadores para uma acção de luta "mais para a frente".
Arménio Carlos lembrou que 15 de Outubro é a data-limite para a apresentação do Orçamento do Estado e que a CGTP e os seus sindicatos têm de "dar um salto qualitativo e quantitativo" em termos de protesto contra o orçamento que venha a ser apresentado.
O Plenário Nacional de Sindicatos da CGTP reuniu-se hoje para analisar a situação sócio-laboral e ratificar a política reivindicativa da Intersindical.
Esta manifestação de dirigentes e activistas sindicais, no dia da discussão e aprovação do segundo orçamento rectificativo do ano, marca o reinício das acções de luta contra as políticas económicas e sociais do Governo.
Para a CGTP, o orçamento rectificativo apresentado mostra que "o Governo não está vocacionado para inverter as suas políticas, mas, pelo contrário, está apostado em aprofundar esta política que continua a fazer dos salários e das pensões dos trabalhadores e dos reformados os seus inimigos principais".
No segundo dia do mês, a Inter aprovou a sua política de rendimentos, em que reivindica a subida dos salários em pelo menos 3%, com um aumento de, pelo menos, 30 euros por trabalhador.
A CGTP reivindica ainda o aumento do salário mínimo nacional para os 515 euros a partir de 1 de Junho deste ano (com efeito retroactivo), a sua actualização para os 540 euros em 2015 e para os 600 euros no início de 2016.
Lusa/SOL