Carlos Moedas

É obviamente uma pasta de segunda linha da Comissão Europeia a que lhe calhou em sorte no elenco Juncker (na qual terá mesmo que reportar a uma vice-presidente). Mas depois de 10 anos com a presidência de Barroso na Comissão seria sempre difícil a Portugal manter um estatuto de primeira grandeza. E a pasta da Investigação, Ciência e Inovação, além do tão falado superorçamento de 80 mil milhões, é uma oportunidade para o promissor ex-secretário de Estado Adjunto de Passos Coelho se tornar uma figura influente em Bruxelas.

SOMBRA

Paulo Bento

Ironicamente, quatro anos depois, é forçado a abandonar a liderança da Selecção quase nas mesmas circunstâncias que o seu antecessor Carlos Queiroz em 2010: logo após o começo desastrado de um grupo de apuramento para o Europeu. Entretanto, conseguiu duas qualificações sofridas de Portugal e os seus momentos altos foram chegar à meia-final do Euro-2012 e o inesquecível play-off com a Suécia (graças a uma enorme exibição de Ronaldo). O ponto mais baixo foi esta derrota impensável em casa com a Albânia. Mas o problema da Selecção reside mais na falta de qualidade da base de recrutamento de jogadores para a necessária renovação da equipa nacional do que nas capacidades deste ou doutro seleccionador.

Armando Vara

Com o seu amigo Sócrates no Governo subiu alto no mundo empresarial e financeiro, da CGD ao BCP. Mas nunca se livrou da imagem de ser mais um comissário político e um gestor de influências do que um administrador respeitado – e a sentença do processo Face Oculta só veio confirmar essa ideia.

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