Numa carta datada de hoje e assinada por Luís Máximo dos Santos, enviada à comunicação social, o administração do banco admite que “pelas finalidades de resolução, o BES encontra-se numa situação financeira muito delicada e complexa, mas contrariamente ao que por vezes tem sido dito, não se encontra em liquidação”.
Luís Máximo dos Santos recorda que a liquidação do BES foi “um acontecimento inédito" no sistema financeiro português e mesmo no quadro da União Europeia”, que trouxe “enormes desafios e consequências”.
Nesse sentido, aponta o presidente, o primeiro mês de mandato da administração, que se assinala hoje, “foi dedicado a iniciar o processo de criação de uma estrutura operativa e a preparar, em articulação com o Banco de Portugal e o Novo Banco, o processo de separação de balanços, bem como desenvolver um conjunto de acções visando a preservação do valor dos activos que permanecem no BES”.
No dia 3 de Agosto, o Banco de Portugal tomou o controlo do BES, depois de o banco ter apresentado prejuízos semestrais de 3,6 mil milhões de euros, e anunciou a separação da instituição em duas entidades distintas.
No chamado banco mau ('bad bank'), um veículo que mantém o nome BES mas que está em liquidação, ficaram concentrados os activos e passivos tóxicos do BES, assim como os accionistas.
No 'banco bom', o banco de transição que foi chamado de Novo Banco, ficaram os activos e passivos considerados não problemáticos.
SOL/Lusa