Ema Paulino, presidente da Secção Regional de Lisboa da Ordem dos Farmacêuticos, explicou à agência Lusa que a campanha vai dirigir-se aos cidadãos em geral, mas também os profissionais de saúde.
"A adesão à terapêutica por parte do doente não é só da responsabilidade do utilizador final", afirmou, indicando que os médicos, enfermeiros ou farmacêuticos podem contribuir, através de aconselhamento aos utentes.
"Uso do Medicamento — Somos Todos Responsáveis" é o mote da campanha, que vai circular a partir de segunda-feira nos órgãos de comunicação social e também na internet.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), metade dos cidadãos não tomam correctamente os medicamentos, com a Ordem dos Farmacêuticos a salientar que nem sempre o remédio certo chega ao doente certo e que nem todos os pacientes recebem consistentemente as doses correctas".
De acordo com Ema Paulino, globalmente estima-se que o uso responsável do medicamento possa gerar poupanças de 370 mil milhões de euros, correspondentes a cerca de 8% da despesa mundial em Saúde.
No âmbito da campanha, a Ordem dos Farmacêuticos vai promover sessões de esclarecimento e debate, a realizar até ao final deste ano, enquanto no próximo ano, deverão ser apresentadas recomendações sobre o uso racional do medicamento dirigidas especificamente para Portugal.
Lusa/SOL