O cálculo foi feito com base em informações recolhidas ao longo dos últimos meses, como as 85 sondagens feitas até Junho, que deram sempre o ‘Não’ como vencedor. A esta estatística, o apostador somou outros dados, como os resultados do referendo do Quebeque em 1995, em que os separatistas chegaram a estar à frente, mas acabariam por perder.
A aposta poderia ter corrido mal. “Quando as sondagens mostraram que a campanha do ‘Sim’ ia à frente, a minha mulher veio ter comigo com o jornal e disse: ‘E agora?’. Por isso sim, estava nervoso”, revela o homem num artigo intitulado ‘Por que apostei 900 mil libras no referendo escocês’. O autor conta também como teve de repartir o seu ‘investimento’ por quatro apostas, pois a quantia que queria gastar era superior à permitida.
A incerteza dos resultados e a quantia apostada não lhe tiraram o sono: “Fui-me deitar às 23h e acordei como se fosse um dia típico. Embora tenha ajudado saber que a última sondagem mostrava uma divisão 54-46 a meu favor”. A aposta revelar-se-ia certeira: 55,3% dos escoceses disseram não à independência, um resultado mais folgado do que se previa. Quanto ao apostador, recebeu um cheque de 1.093.33,33 libras, perto de um milhão e 400 mil euros. A ousadia rendeu cerca de 250 mil euros.