Segundo um estudo sobre o impacto do programa da União Europeia (UE) de intercâmbio de estudantes Erasmus, os diplomados com experiência internacional têm mais êxito no mercado de trabalho.
A avaliação ao programa – a cargo da CHE Consult – revela que a possibilidade de os estudantes Erasmus sofrerem uma situação de desemprego de longa duração é 50% menor em relação àqueles que não estudaram ou obtiveram uma formação no estrangeiro
Por outro lado, cinco anos após a graduação, a taxa de desemprego dos que tiveram formação no estrangeiro é inferior em 23%.
Esta avaliação é a maior do seu género, tendo contado com a resposta de cerca de 78.891 participantes, incluindo estudantes e empresas.
Foram lançados cinco inquéritos online em 2013, que resultaram na participação de 56.733 estudantes (com e sem experiência de Erasmus), 18.618 ex-alunos, 4.986 professores (académicos e não académicos), 964 instituições de ensino superior e 652 empregadores (55% dos quais pequenas e médias empresas), em 34 países.
A nova avaliação revela que 66% dos empregadores procuram trabalhadores com experiência profissional e mostra ainda que mais de um em cada três estagiários Erasmus teve uma oferta de trabalho na empresa que os acolheu.
O inquérito analisa ainda a vida pessoal dos beneficiários de Erasmus, salientando que 40% mudaram de país de residência ou de trabalho, pelo menos uma vez desde a graduação — quase o dobro do número relativamente aos estudantes que não participaram numa iniciativa de mobilidade.
O estudo considera ainda ser mais provável que os antigos estudantes Erasmus mantenham relações transnacionais: 33% destes estudantes têm um parceiro de nacionalidade diferente, em comparação com apenas 13% dos estudantes que ficam no seu país durante os estudos.
Segundo o inquérito, 27% dos estudantes Erasmus conhecem o seu parceiro mais duradouro durante o intercâmbio e, com base nestes dados, a Comissão Europeia “estima que cerca de um milhão de bebés tenha nascido de casais Erasmus desde 1987”.
Os estudantes que desejam beneficiar de financiamento Erasmus podem optar entre a realização de estudos ou de um estágio no estrangeiro.
Lusa / SOL