Em causa está a presença da Union Jack na bandeira, uma herança do período colonial britânico. “Não acho que seja algo que devamos preservar para sempre”, disse na segunda-feira o governante conservador.
“Quero resolver este assunto. Por mim, será já em 2015”, declarou Key.
Ainda não há uma alternativa oficial à actual bandeira, que para além da Union Jack no canto superior esquerdo inclui uma representação da constelação Cruzeiro do Sul, a vermelho, sobre um fundo azul.
No entanto, e noutras ocasiões, o primeiro-ministro demonstrou preferência pela cor preta, aquela que é utilizada pelas equipas nacionais neozelandesas, com a selecção de râguebi à cabeça – os míticos All Black.
O equipamento dos All Black, na foto, serve de inspiração para uma possível proposta para a nova bandeira neozelandesa. (Foto: Paolo Bona / Shutterstock.com)
Num editorial publicado no início do ano, o New Zealand Herald, principal diário do país, defendeu a intenção de alterar a bandeira nacional, mas afirmou que as propostas alternativas devem ser apresentadas por especialistas em vexilologia (a disciplina científica que estuda as bandeiras) e não pelo Governo de Key.
Direita vence legislativas, Kim Dotcom é esmagado nas urnas
O conservador foi reeleito no fim-de-semana para um terceiro mandato à frente da antiga colónia britânica, vizinha da Austrália, que tem uma bandeira semelhante à neozelandesa e também tem a Rainha Isabel II como chefe de Estado nominal.
O Partido Nacional de Key obteve 48% dos votos, contra os 24% do Partido Trabalhista (centro-esquerda).
O Partido da Internet, fundado e financiado pelo milionário de origem alemã Kim Dotcom, acusado internacionalmente de violação de direitos de autor e de outros crimes relacionados com o serviço de armazenamento e partilha de dados Mega e Megaupload, obteve uma votação residual e não elegeu qualquer deputado.
Dotcom assumiu total responsabilidade pelo fiasco, considerado que o seu nome e marca se transformaram em “veneno” para o projecto político do seu partido. O líder da Wikileaks Julian Assange, que participou em acções de campanha através de teleconferência, é um dos apoiantes internacionais do movimento.
pedro.guerreiro@sol.pt