"Tal como é nosso procedimento habitual, os avisos meteorológicos do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) foram reencaminhados para todas as salas de operação dos comandos distritais de operações de socorro (CDOS), que depois reencaminharam a informação para os serviços municipais de protecção civil", disse hoje à agência Lusa o Adjunto de Operações Nacional, Miguel Cruz.
Miguel Cruz reagia assim às acusações, na segunda-feira, do vereador de protecção civil da Câmara Municipal de Lisboa de que o IPMA falhou as previsões meteorológicas.
"Na segunda-feira de manhã, por volta das 09h04, recebemos do IPMA um aviso amarelo de precipitação, que foi difundido de imediato. Cerca das 13h22 recebemos um contacto telefónico do IPMA de que estariam previstas condições meteorológicas adversas para o distrito de Lisboa, que iriam afectar a cidade com aguaceiros pontuais superiores a 20 milímetros", contou.
Miguel Cruz garantiu que a informação foi passada de imediato ao CDOS de Lisboa e aos Sapadores de Bombeiros, via telefone.
"Os CDOS reforçaram depois esta informação, enviando uma mensagem para todos os corpos de bombeiros do distrito de Lisboa e a todos os serviços municipais de protecção civil desses distritos", adiantou.
O Adjunto de Operação nacional salientou ainda que posteriormente foi feito acompanhamento e monitorização da situação, tendo-se registado entre as 13:30 e as 14:00 situações de maior complicação com queda de precipitação intensa e inundações na capital.
"Posteriormente às 15h15, quando recebemos do IPMA o aviso laranja, informamos novamente a protecção civil e os corpos de bombeiros", disse.
Entre as 14h00 e as 15h00 a cidade de Lisboa foi afectada pela queda de chuva intensa, que provocou inundações em algumas zonas da capital portuguesa, obrigando ao encerramento de uma estação de metro e impossibilitando a circulação de trânsito em alguns locais.
O vereador da Protecção Civil da Câmara de Lisboa, Carlos Castro, acusou na segunda-feira o IPMA de não ter previsto tanta chuva, acrescentando que a cidade se teve de preparar "à última da hora".
Em declarações hoje à Lusa, o Adjunto de Operações Nacional, Miguel Cruz, disse não querer "tirar conclusões" sobre as declarações de Carlos Castro.
"Eventualmente os serviços técnicos terão tido alguma dificuldade em transmitir-lhe a informação. O vereador poderia não estar na posse de todos os elementos (…). O que é certo é que este é o procedimento que é feito sempre que existem situações de avisos meteorológicos", garantiu.
Sobre os avisos laranja e amarelo emitidos pelo IPMA para hoje no continente, Miguel Cruz garantiu que todos os dispositivos estão preparados e que está a ser feita uma monitorização apertada da situação.
Lusa/SOL