Apartamentos novos chegam ao Príncipe Real

Um ano depois de abrir a Embaixada – um projecto comercial que contribuiu para a reabilitação do Palacete Ribeiro da Cunha, do século XIX -, a Eastbanc faz um balanço positivo do projecto Príncipe Real. A empresa está prestes a arrancar com a comercialização da componente residencial.

O Palácio Faria, onde estava instalada a Liga dos Amigos dos Hospitais, vai acolher seis apartamentos – um por cada piso e um outro nas antigas cavalariças. O projecto é do arquitecto Souto Moura e as obras começarão ainda este ano.

É um dos primeiros a avançar e já tem pretendentes. Catarina Lopes, directora-geral da Eastbanc Portugal, revela que têm registado pedidos de informação regulares, seja através de contactos directos de potenciais clientes seja através de mediadores.

Souto de Moura é mais-valia

A assinatura de Souto Moura tem sido um dos motivos da elevada procura. “Souto de Moura tem todas as capacidades para criar um projecto de arquitectura fantástico e, daí, intemporal. A escolha de arquitectos pela EastBanc, tanto em Portugal como na empresa mãe em Washington, é motivada por isso e não tanto pela procura. Tentamos produzir um produto único, algo que ainda não exista”, revela Catarina Lopes.

Apesar de o projecto não estar ainda a ser comercializado de forma activa, está disponível para os interessados uma apresentação do projecto do Príncipe Real e do empreendimento residencial Palácio Faria no escritório da Eastbanc. “Só faremos a comercialização quando o projecto de arquitectura estiver aprovado, o que contamos que aconteça no final do ano”, esclarece.

A directora adianta ainda que está a ser produzido um produto residencial “sem compromissos”, com bom design, vistas e jardins, num bairro dinâmico em que se pode ir a todo o lado a pé. O fundamental para a Eastbanc é que o cliente resida uma parte significativa do tempo em Portugal e, efectivamente, desfrute do seu apartamento.

O Palacete Faria é um dos edifícios mais marcantes do jardim e um bom exemplo da tipologia que caracteriza a construção lisboeta mais erudita da segunda metade do séc. XVIII. Distingue-se de outros imóveis vizinhos pelo número de pisos que contempla – um facto que, associado ao seu elevado pé-direito, faz com que o edifício se aproxime mais da tipologia de prédio do que do palacete.

'Escolhemos o Príncipe Real porque adoramos o bairro'

Catarina Lopes explica ainda o porquê da localização do projecto Príncipe Real, um conceito idealizado por Anthony Lanier, administrador da Eastbanc, que tem por finalidade promover a revitalização económica e social do bairro, na qual o comércio de rua tem um papel fundamental. “Escolhemos o Príncipe Real para o nosso projecto de revitalização urbana porque adoramos este bairro. Mas sem dúvida que estes projectos trouxeram muito movimento ao bairro com a sua variada oferta de produtos e serviços”, adianta.

No caso da Embaixada, o foco é o produto português autêntico e a cultura nacional. No Entre Tanto, o produto e o próprio espaço tem uma faceta mais 'trendy' e descontraída – mas não necessariamente portuguesa. “Cremos ainda que o dinamismo comercial trazido pelas galerias motivou a abertura de várias lojas de rua que estavam há anos fechadas ou adormecidas”, explica.

A directora garante que, apesar da evolução positiva já conseguida, o projecto está ainda no início: o Palácio Faria é o primeiro de vários projectos de reabilitação integral da Eastbanc “que vão melhorar o espaço público, trazer novos moradores e, em geral, consolidar cada vez mais o bairro como o mais bonito, cosmopolita, pulsante e surpreendente de Lisboa”.

Até à data, foram adquiridos No Príncipe Real cerca de 20 edifícios, que totalizam um investimento de quase 50 milhões de euros. 

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