Plano de Drenagem de Lisboa encontra-se em execução

O vice-presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, assegurou hoje que o Plano de Drenagem de Lisboa se encontra em execução, embora reconhecendo que o documento “não pode ser mais rápido” devido aos constrangimentos orçamentais.

O autarca falava na reunião do executivo municipal, de maioria socialista, após os vereadores do PCP, João Bernardino, e PSD, António Prôa, terem questionado a câmara relativamente à implementação deste plano, que segundo os mesmos poderia ter sido útil para evitar as inundações de segunda-feira.

Este plano, aprovado em Março de 2008, apontava para a construção de quatro grandes reservatórios e de um túnel entre a Almirante Reis e Santa Apolónia, para prevenir cheias.

Contudo, segundo Fernando Medina, já "têm sido feitas várias obras e intervenções", que se traduzem numa "oportunidade para fazer obras à superfície".

O vereador do Urbanismo da Câmara de Lisboa, Manuel Salgado, acrescentou que o plano de drenagem é "extremamente ambicioso", tendo um valor total de 153 milhões de euros.

Para além disso, o responsável disse que "estão definidas e têm estado a ser trabalhadas" duas bacias hidrográficas: a do Vale de Alcântara, cuja área de intervenção foi ampliada, e a do Vale de Chelas, sobre o qual está a ser feito um estudo.

Segundo Manuel Salgado, nos últimos cinco anos, foram feitas 23 intervenções na rede de saneamento, perfazendo um total de 10 milhões de euros.

O autarca referiu ainda que "há um projecto de execução pronto" para colocar um colector na Avenida de Berna, que permitirá fazer o escoamento da água da Praça de Espanha, uma das zonas com mais inundações.

Os vereadores comunistas João Bernardino e João Ferreira questionaram ainda, através de um requerimento remetido à câmara, se a manutenção e limpeza de colectores, sarjetas e sumidouros também não poderia ter tido um papel semelhante.

Porém, nenhum responsável da câmara respondeu a esta questão.

O vereador da Segurança, Carlos Castro, disse, por seu turno, que fenómenos como os de segunda-feira "não são pontuais, pelo contrário, vão continuar a registar-se de forma mais regular do que gostaríamos" devido às alterações climáticas.

Lusa/SOL