Funcionários judiciais em greve

Trabalhadores afetos ao Sindicato dos Funcionários Judiciais (SFJ) cumprem hoje um dia de greve nacional em protesto contra a desconsideração de que foram alvo na nova organização judiciária e para exigirem mais funcionários judiciais.

A greve, que contempla também um dia de paralisação em cada uma das 23 comarcas da reorganização judiciária, foi anunciada no passado dia 4 pelo presidente do SFJ que considerou “necessário dizer basta” na greve nacional e nas paralisações diárias, que começam a 1 de Outubro, nos Açores.

O Sindicato dos Oficiais de Justiça (SOJ) não adere à greve, por considerar que "não estão reunidas as condições", alegando ainda que está a "ultimar o seu caderno reivindicativo para 2015, a apresentar ao Governo "antes da discussão do Orçamento do Estado".

"Os funcionários judiciais estão desejosos de demonstrar a sua indignação e insatisfação", disse, na altura, Fernando Jorge, salientando que é preciso o Ministério da Justiça admitir mais funcionários judiciais e resolver as questões da aposentação e o acesso às categorias de chefia.

O dirigente sindical acrescentou que os funcionários judiciais se sentem "desconsiderados na nova organização judiciária” que entrou em vigor no dia 1 de Setembro, sublinhando, porém, que "cumpriram, de uma forma empenhada, todas as tarefas que lhe foram atribuídas, inclusive transportar processos, arrumar móveis e até fazer limpezas nos tribunais".

"Fizeram mais do que lhes era exigido", afirmou, acrescentando que até o Ministério da Justiça admite que é necessário contratar mais funcionários judiciais.

Lusa/SOL