Em comunicado, a Air France justifica-se com requisitos "operacionais" e com o facto de os aviões terem de passar por uma série de verificações obrigatórias antes de voltar a voar.
Hoje, a greve levou ao cancelamento de 55% dos voos previstos e, na segunda-feira, a companhia previa a suspensão de 51%.
A empresa lamentou que, "apesar de longas conversações desde o início do conflito", no passado dia 15, e de alguns "avanços", não se tenha chegado a acordo com os sindicatos dos pilotos para um compromisso.
Na origem do conflito laboral estão os projectos do grupo para desenvolver a sua filial de baixo custo Transavia com regras laborais diferentes das da Air France.
Apesar do fim do protesto, os sindicatos dos pilotos não conseguiram fazer com que a administração da companhia aérea, apoiada pelo governo, cedesse quanto à reivindicação de um contrato único para todos os pilotos da Air France e suas filiais, incluindo a Transavia, mantendo as vantagens do seu estatuto actual.
Hoje o SNPL, o principal sindicato dos pilotos, anunciou o fim da paralisação, após o fracasso de mais uma ronda negocial.
Os representantes dos pilotos querem agora "continuar as conversações num ambiente de maior serenidade", afirmou à AFP um porta-voz do SNPL.
O primeiro-ministro francês, Manuel Valls, congratulou-se com o fim de “uma greve demasiado longa", considerando também que o protesto era "incompreensível" e "prejudicava os utentes, a empresa e a economia do país".
Para Valls, que apelou em diversas ocasiões ao fim da greve, a "firmeza do governo permitiu reafirmar a estratégia de desenvolvimento da empresa". O Estado francês é accionista de perto de 16% do grupo Air France-KLM.
Lusa/SOL